domingo, novembro 23, 2008

Subindo

Voou a sacola rasgada sob os olhares
A alguns metros sobre a cabeça
Não tinha importância nem qualquer vida
Há um redemoinho lá dentro
Maior que o rasgo

Vive o saco rodando no alto
Soprado de vida alheia
Levando cabeças a tontear
Bocas abrem observando o objeto
O saco lá não cai

Vai mais alto ao acaso
Ignora o rasgo, vai
Sem vida parece mais viva
Que o olhos intensos imaginando ela
Tais olhos olham pela janela ou são janela?

O quê torna a singela sacola atração
Se milhares a seguem em outras direções vazias?
Para onde vai se não cai perante a expectativa?
Mais sopros de vida circulam
E a sacola só sobe.

14h35min.
20.11.08

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