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Às vezes meus sonhos se afastam da minha memória como um deja vu qualquer. Mas, mesmo assim eles me percorrem até saírem na interrupção da manhã. Não gosto de dormir apenas pelo descanso, procuro acordar e continuar sonhando aquele sonho de todo o blecaute dos olhos abertos. Olho para o teto, mas na verdade estou olhando para meu interior tentando não deixar escapar as minúcias psicológicas da minha imaginação inconsciente consistente.
Sou sonhador invicto, admito, pois em nem um instante parei de sonhar. Sou convicto de ter meu tempo para espalhar sonhos e como é bom entender cada detalhe lembrado da noite dormida para acordar sorrindo mesmo se for de um pesadelo, pois afinal sei de onde veio, para onde vai e onde está. Dizemos-nos muito quando nos lembramos dos sonhos. Claro, há aqueles não lembrados, mas como sonhador continuo a sonhar, pois o “esquecido” há de ser sonhado de novo, saibamos disso ou não.
Quando acaba a madrugada já no novo dia e a manhã incide pela janela ou simplesmente fica lá batendo nos chamando, ela revela nosso ser sonhador. Este esquecido em muitos. Este de esquecimento, de quem somos realmente por baixo do trabalho, por dentro das palavras, por trás dos olhos, lá no subconsciente latente na consciência a sonhar todos os dias, enquanto por algum motivo egoísta esquecemos termos sonhado todas as noites.
Acordado ou desperto somos sim sonhadores. Quantos sonhos deixamos para trás e depois não “sabemos” o “motivo” de estar faltando algo? Sonhar parece ser o objetivo da vida, pois um sonho real não destrói o lugar no qual vivemos nem nos destrói. Quem nunca ouviu aquela famosa frase iniciada assim: “Eu tive um sonho...” Ainda era preto e branco e uns achavam ser raça definição de coloração enquanto outros viam a união, não como um arco-íris, mas raios solares de um único provedor de vida – o sol. Meu sonho é partilhar e expressar minha ação no mundo. Sonhas tu?