sexta-feira, novembro 05, 2010

Quedas campestres urbanas

Tantos versos, tantos reversos e tantas passagens passando em formas e seres variados e às vezes ao meu lado me passo e me perco na travessia na agonia de fazer meus sonhos sonharem

na imensidão da gota da chuva minhalma é um elo todo da parte do mundo chovendo em mim aos pedaços espalhados no quebra-cabeça assim de peças humanas sonhando poderem sonhar

a realidade de se molharem nas águas celestes caindo campestres no novembro urbano primaveril dando um ar nostálgico na extensão do futuro pendurado no varal da varanda para ver a vida molhar

passada a limpo chuvoso o nublado do início dos reinícios das manhãs convidando contemplação serena aos incômodos de ouvir os sons plúmbeos porque me contenho para o banho de chuva
chove no meu olhar resistente tantos versos contentes por revirarem a inquietação discreta da profecia travessa do profeta do verbo atravessado de lado a lado sua agonia de sonharem sonhos perdidos no encontro de procurar.


Às 13h05 (Rafael Belo) 05 de novembro de 2010. *(8...as gotas são inúmeras mas quando se juntam são um oceano doce, se encaixam e fluem... Tirei do toldo novo da janela do meu quarto nesta sexta chuvosa ,5,)

5 comentários:

Jamylle Bezerra disse...

Chuva é sempre inspiradora...

Boa semana querido!

Dora Casado disse...

Coisas da chuva e suas melancolias em forma de pingos...
Cheiro grande, Rafael!

Celsina disse...

Ei Rafa querido!
Que saudade dos seus textos! Adoro a chuva, principalmente pra escrever e ler. [daquele barulhinho agradável]
^.^

Beijinhos!

Naty Araújo disse...

Ahh essas águas... essas chuvas.
Que delírio!

Beijos, Belo

Déia disse...

adoro gotinhas na janela!

o barulho da chuva me encanta!

bj