quinta-feira, janeiro 27, 2011

Um Amor para sempre inacabado

*(As flores se fecham para abrirem intensamente elas mesas - Captei no corredor do serviço)


por Rafael Belo
Meu coração deságua o oceano incondicional navegando um Amor sem fim por ti e a pele toda chora eternas lágrimas sempre em frente de Felicidade. Não caibo em mim e cada dia caibo menos. Sou como uma multidão incabível em um olhar de horizonte no fim de tarde. Sou como as tentativas insossas de explicar o Amor inexplicável, inabalável nas baladas inabalável nomeadas sem necessitar de nomes. Sou eu simplesmente nas graças de algo expansivo demais para ficar apenas em palavras, algo além de um sentimento, algo a fazer sorrir não só minha boca desejosa de ti, mas meu corpo, minha alma e toda esta nossa presença unida. Só você sabe por que.

Ando por toda parte e continuo a caminhar para espalhar esta incondicionalidade impossível de conter em meu corpo arrepiado em constâncias por ti Amar. Nós aprendemos juntos o Amor sempre inacabado... Por mais que o para sempre, sempre acabe este verbo conjugado em nós tem seu próprio tempo sem nada possível de medí-lo, sem nada possível de imaginá-lo e mesmo assim é capaz Dele nós sentir e não ao contrário. Ficamos, então, a pensar: não se sabe quem é o Amor, o próprio ou quem Ele toca e conjuga tão intensamente em todos os tempos e em Tempo algum.

Não há insegurança, não há tristeza, não há dor, há montes de asperezas sendo lixadas pouco a pouco construindo seres humanos melhores em nós. Não seria esta a tão adivinhada Liberdade? Tão longe da solidão e do achismo vergonhoso e egoísta da necessidade de ficarmos sós para nos resolvermos... Não é nesse momento onde o desamor encontra espaço para ramificar suas raízes sórdidas e criar medos irracionais – porque isso seria o medo: uma irracionalidade?! Não é aí que começam as lendas de que somos melhores sozinhos e se levantam todas as dúvidas da possibilidade de dar errado, mesmo esta possibilidade só ser favorável a seres insinceros e que não conversam entre si?!

Claro!! Isso passa em minha mente também... Mas somos meros humanos com tempo definido nestas terras sempre inexploradas. Nestes sentimentos inacabados por nossa falta de coragem... Ou nosso excesso de zelo por nós mesmos... Estamos juntos há tantas décadas e tudo continua a crescer principalmente o Amor, mas ainda acredito naquela história de Cazuza onde ‘nossos destinos foram traçados na maternidade’. Mesmo acreditando sermos nós a fazer nossos traçados neste chão tão pisado e repleto de pegadas onde somos futuras flores na fragrância de nós mesmos.

2 comentários:

Karine disse...

Nossas pegadas nestas terras inexploradas serão para sempre sólidas, firmes e presentes, sem medos, sem achismos, sem dúvidas...somos um para o outro neste caminho a ser descoberto. Te amo mais e mais!!!

olharesdoavesso disse...

TE Amo demais meu Amor! Minha inspiração, musa do crescimento independente! obrigado