quarta-feira, agosto 15, 2012

Folhagem ao tempo


Espelhos se estilhaçam de reflexos
nos infinitos efêmeros generosos
gêneros do genial genioso humano

caducando a juventude na extinta meia idade
espelhada na reflexão da atenção única a própria voz
ecoando os trincares ressoados nas cordas atando

nós tocando a garganta autossaturada
sons graves entre a sequidão engolida e os palavrões exaltados

fotografados na coleção de imagens solipsistas condensadas
soltas na pista à mercê de valores quaisquer, floreados.

(Às 23h20, 14 de agosto de 2012, terça-feira, Rafael Belo)

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