terça-feira, agosto 12, 2014

gorjetas



extremos dos tempos sem início no começo nem término no fim
poeira levada pelo vento aos confins do sim
residente na paralisia cerebral balançado concordância
a todo autismo opcional onde os olhos não veem o horizonte a distância
nossa negação cotidiana repleta de intolerância
instância de nós arrastados por correntes, metálico sopro vazio som de passos
edição de personalidade em alto padrão, descompasso
todo uma era de distração imersa em profundidades rasas
raras vozes com sentido despetalando flores secas
repetição de vidas à deriva onde a riqueza que vale é gorjeta.


(às 18h40, segunda-feira, 11 de agosto de 2014, Rafael Belo).

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