terça-feira, setembro 09, 2014

O bicho e o lixo



A cada grama perdida um holograma substituto, um futuro distorcido absurdo, agora produzido na inexistência de absolutos,
liquidez liquidando esquecidos viadutos, imediatos à consumição de um minuto... Levando quanto tempo tiver para passar,

à velocidade da luz ou à galope, no homem há holofote,

uma projeção de sombra ao invés de claridade no estoque, mistura os nichos e as bestialidades nas vias sem retoque, antipatia provisória, medo de jorrar a oratória, verborrágica, democrática lucidez, palidez, e encharcar o outro com quem sincero é, um acúmulo de lixo, um monte de empilhados bichos,

clarão latente a reviver buracos negros do universo em maré.


(Rafael Belo, às 13h58, segunda-feira, 08 de setembro de 2014)

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