no tropeço esqueço meio
fim começo, só há recomeço na
contínua história do humano texto disfarçando pele em pano e improvisando todo
o contextos das coisas factuais nas costuras e fatos tais em um enredo feito de
destino e fado no silêncio ralo crescendo na língua como calo em sais, me calo
denso penso na distração das digitais e talvez em algo mais, mas são tantos pensamentos
fundamentais que os bocais se alargam e perdem toda a raiz, vou longe no voo do
horizonte, levando telas de sentinelas levanto todas as janelas e as palavras
forma pinturas, estilhaço as alturas em qualquer contenção de espaço, dilato
meu tempo e não sou dono de matéria alguma nem pertenço a mim mesmo, convalesço
fragmentos e sei quem sou, inteiro, seja o que for.
(Rafael Belo, às12h09, quinta-feira, 16 de
outubro de 2014).
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