quinta-feira, outubro 16, 2014

For


no tropeço esqueço meio 
fim começo, só há recomeço na contínua história do humano texto disfarçando pele em pano e improvisando todo o contextos das coisas factuais nas costuras e fatos tais em um enredo feito de destino e fado no silêncio ralo crescendo na língua como calo em sais, me calo denso penso na distração das digitais e talvez em algo mais, mas são tantos pensamentos fundamentais que os bocais se alargam e perdem toda a raiz, vou longe no voo do horizonte, levando telas de sentinelas levanto todas as janelas e as palavras forma pinturas, estilhaço as alturas em qualquer contenção de espaço, dilato meu tempo e não sou dono de matéria alguma nem pertenço a mim mesmo, convalesço fragmentos e sei quem sou, inteiro, seja o que for.


 (Rafael Belo, às12h09, quinta-feira, 16 de outubro de 2014).

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