terça-feira, março 10, 2015

eterno hesitante


janela aberta chuva indiscreta a se derramar

declamando a impermeabilidade de ser quem é
o avesso de mar a chorar

encharcando o temporário levando o estagiário a navegar
em uma cimentada acidentada maré
andando sob as águas nos pés
a cidade insiste em se afogar

em copos de plástico a acreditar
nada além da extrema fé

a efemeridade permanece mais que o eternizar.


(às 21h47, Rafael Belo, segunda-feira, 09 de março de 2015)

Um comentário:

Anônimo disse...

" a efemeridade permanece,mais que o eternizar'... realmente isso que acontece......profunda, texto muito bom! Ms