quinta-feira, agosto 04, 2016

Sinais juvenis



labaredas lambem loucamente frios corações
congelados cinzas lentamente letais
latejando ainda senis sentimentalidades surradas
amarradas amargamente apertadas em sinais juvenis do esquecimento

foge o momento no sopro de agosto

emoções fabricadas não adiantam mais
substitutos se disfarçam de principais
línguas mordidas imitam sorrisos fatais
lábios umedecidos vendidos por desejo sangram nos jornais

está tão escuro nestes dias sem fim eles se misturam e tudo acaba no jamais assim.


(Rafael Belo, às 19h, quarta-feira, 04 de agosto de 2015)

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