quinta-feira, setembro 01, 2016

Quem ladra?



Rasgam radicalmente os rasos ruídos rarefeitos
rosnando raras rugas invisíveis dentro de todos os impossíveis
silêncios sofrendo seriamente surtos involuntários imperfeitos
estreitos em entendimentos estranhando serem acessíveis

até a gota de humanidade pingar sem restar mais nada no lugar

ar na bolha acústica envolvendo o desesperado grito revelador
onde a dor condensa todo o guardado sem se sentir

como se sente o som ao se dissipar rompendo a calada da noite sem partir?

ao nosso redor mais um novo amanhã corre com cães ao cair no sono
desperta humano sem dono indisciplinado no seu sonho deitado a latir.


(às 00h07, Rafael Belo, quinta-feira, 1º de setembro de 2016)

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