terça-feira, setembro 19, 2017

nossa criação





estão espalhadas as acesas luzes pela cidade entristecidamente cinza
meu coração partido tem uma parte em cada uma delas e por aí se pinta
não há tinta suficiente para as lágrimas efervescentes transbordando
desmoronando sem aviso prévio todos os sinais demitidos nas cores agressivas do tédio

no alto do meu prédio sou edifício no específico não morrer enquanto não acredito
sou nocivo a mim mesmo em todo grito e inquisição do meu coração
o suicídio da minha razão é diário na maldita floresta deste Japão em mim

desflorestei em algum momento e agora sou um deserto se espalhando
desnacionalizando qualquer sentido de identidade vagando sem fim

coletivo eu no tempo contínuo simultâneo buscando curativos separando quem somos de todos os demônios criados por nós.

+ às 11h26, Rafael Belo, terça-feira, 19 de setembro de 2017 +

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