quarta-feira, abril 01, 2009

Jovem envelhecer


Envelheceu o tempo renascido, no mundo de ilusão
Não se passava pelo ar, ele nos retia no vazio
Não havia mais espaços disponíveis, para os de fora
Nem um passo a frente nem uma palavra atrás
Era a prisão aérea no solo, sem moral

Em sequência, Sibilava silêncios
Em dúvidas em defesas, atacados
Atados a golpes baixos estremecidos
Entorpecidos de qualquer revolta mal-resolvida
Amortecida pelo impacto não visto, mas assinado

Com tinta invisível simulada, alérgica
Métrica pelas medidas sem volume, anunciada
Pelas vidas nubladas no céu escuro, mormaço
De um leve amasso profundo de antigas crenças, no mundo
A girar para o mesmo ponto humano, parado

(Rafael Belo) 09h58 – 1º de abril

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