quinta-feira, julho 16, 2009

Necessidades


(tirei há três anos na Páscoa, voltando pra casa)

Lá se foi o tempo
Engolindo as horas
Faminto feito mendigo
Ignorado por qualquer esmola de vida
Esvaiu-se no corpo com o estômago dolorido

E os olhos sedentos
Secos como todo este abandono de energia na madrugada
Depois do descanso despido, está passado
O amassado domina drástico, os detalhes
Ainda prendendo a noite no noturno
Mesmo com céu indefinido nestas horas vagas

Há ao atrito da insônia
Incomodando a casa

Atento sonâmbulo a intermediar
O preâmbulo perambular astuto
Escorrendo o descanso matuto
Para o não descansar
Acelerado adulto
Precisando sonhar

Folha de Outono (Rafael Belo) 11h22, 11 de julho de 2009.

14 comentários:

  1. não entendi sobre o que foi exatamente esse poema?!

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  2. Há momentos em que o tempo é realmente impiedoso.

    Gostei do poema.

    Bjs

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  3. Bom, Sandrinha, sobre as necessidades de dormir e sonhar para realmente despertar. escrevi principalmente porque, há alguns dias, quando "fiz meu twitter" tive um vício momentâneo e instantâneo - porque durou dois dias. E há quem fiqu a madrugada inteira e dias sem dormir conectado. Só... beijos obrigado

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  4. É tão rápido certos momentos que quando vemos... Obrigado "Casa" bjd

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  5. Olá querido!
    De onde vc tira tanta inspiração, todo o santo dia????
    A insônia ronda a porta do meu quarto, mas por motivos menos nobres....
    Bj

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  6. Acho que o tempo é a verdadeira "musa" dos poetas... Belo texto Beloto. A foto é super bacana.

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  7. A correria do dia a dia, dos adultos e essas vidas na noite, levam as pessoas a entrar nesse mundo rápido, meio louco que só percebemos qdo já não há mais tempo!
    bjo

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  8. se tudo pode se inspirar, La, porque não se inspirar em tudo?! Pode ser que tenha uma nobrza se olhado bem de perto... Obrigado, La.
    beijos

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  9. É, Tathyta, ele está em tudo, em nada e logo direi que ele é responsável pela inexistência do dia - mas isso é um outro post ahuah obrigado peloss elogios e visita :Dhehe

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  10. Quando já não há mais tempo... É Belle, é para isso que devemos nos atentar. beijos obrigadoo

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  11. ‘Acelerado adulto precisando sonhar’. Gostei muito disso. Para cada porre de vida real, às vezes, não se toma nem uma dose de sonho. Por isso nós, adultos, somos tão chatos e inventamos palavras como melancolia, suicídio, Demerol... (Risos)

    Abraço.
    Isolda.

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  12. O poema transmite uma sensação de cansaço tão grande que fiquei cansada também. rs
    Caminhão passando por cima de mim.

    Beijo, moço. Bom final de semana!

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  13. Não sonhar cansa. Este, o cansaço, é o sentimento básico da poesia. É um atropelo. Obrigado, moça (risos), ótimo fim de semana beijos Stella.

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  14. Inventamos palavras tão chatas... (Risos)entediantes nós. Obrigado Is, Beijos

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