sábado, julho 25, 2009

Quisera eu, quimera

(meu bairro de cima, terei do alto da torre de sinos)

Os planos de hoje acabaram, quando acordei e era tarde
Tomara-me uma praia nos olhos de um mar menstruado
Meus lábios e voz cansada Orfeu, eu, Morfeu
Na quimera de projeções
Cantando na afinação da harpa,
me mutando no domínio imaginário do despertar

preto ou branco de mil heróis afluentes, rugindo raça
face ilusória de traço fixos, coberta da lua aquecida sol,
na propriedade das estrelas

ondas oníricas acariciando a pele, para arrepiar a vida
no fundo respirar acometido do abismo da profundidade

Quisera eu, quimera
Ter paternidade nos partos influentes, por gerações de sonhadores

Gero a ti
Minha utopia pirofágica, para poder sonhar

Voar, no não lugar

Em (com) postura com os pés nas descomposturas
dos “achados” lugar.

Folha de Outono (Rafael Belo), às 13h08, de 11 de julho de 2009.

4 comentários:

  1. Eu fui rindo enquanto lia e fui subindo na torre contigo e me atordoando em teus hiatos oníricos... hahahaa...
    Nietzsche fala acerca dos sobrevoos. Vai, dorme bem hoje não deu praia mesmo.

    Muito engraçado viajar nos sonhos que sonhamos acordados quando ainda estamos atordoados e confusos...

    Abraços,

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  2. Ahhh....que lindo....vc não enjoa de eu repetir isso toda vez???? Lindo mesmo Rafael....não vou cansar de repetir...
    Bj

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  3. engraçado e bom hehe dá uma certa autoconciência. Obrigadooo Mai. Divirta-se sempre ótima semana, beijos

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  4. AH, Xandra, se repita a vontade, linda. Ok? (risos)beijos querida boa semana

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