quarta-feira, julho 22, 2009

Sem face


(foto de um passarinho procurado que tirei durante um campeonato brasileiro de ciclismo)

Reascendeu o Renascimento sem perceber pura morte no cheiro
Odor agridoce de dura dor incompatível ao sofrimento
Estendido no fim de semana prolongado
Extensão a apatia dos famigerados

Aromas gerados de alguma decomposição sob a bandeira verde amarela
Sobre a nossa flâmula, o incêndio da pátria

Deitado nas labaredas distantes
há sorrisos acomodados,
ouviram o crepitar intolerante das brasas
nas cinzas malas de couro do povo
o vento leva a inglória

São vilanias da pequenez representada

almas doadas para corpos sem brios
vazios vermes das promessas da maçã desejada
uma mordida, e a mandíbula intoxicada

Fênix promíscua, cheia de caras.

Folha de Outono (Rafael Belo), às 12h30, de 11 de julho de 2009.

4 comentários:

  1. Cara! Muito bom!
    Vc é poeta meu! xD

    Gostei!

    Vinha.

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  2. Nossa, cara! Valeu! VAlu mesmo! (Risos)Não é que sou!(risos) Sempre escrevi mas assumir para "mim mesmo" não é de sempre não. Brigaduu Vinha. beijos

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  3. Que lindo Rafael!!!!!!!
    Vc detona em prosa e verso!!!
    "odor agridoce de dura dor" tem uma sonoridade incrível!
    Bj

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  4. Gosto muito desta poesia irônica e crítica e carregadora e sonora e >D. Obrigadoooo de coração, La. Beijos

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