(deitado em um chão antigo tirei)
Aquelas horas estavam enrugadas
na banheira de rugas expressivas
ao redor das olheiras espalhadas pelo corpo
despercebidas no desaperceber daquele sal nas águas
fazendo da profundidade superfície flutuante do pilar
de uma liquidez liquidada na voracidade devorada sem constituição
uma repartição não repartida para fora do bando uivando seus balires
matizes pastorais da maioria, rebanho, respondendo os sinos babando
falas shakespearianas nos lugares-comuns, comunamente se esgueirando
pelas beiras das sombras matreiras
Quem diria o dizer mastigado com pedaços de engasgo
faltando o ar nos neurônios de últimos suspiros
suspirando
garganta tapada tapando o ouvido ao fechar dos olhos
três macacos
não há vagas.
Folha de Outono (Rafael Belo) às 13h28, 16 de agosto de 2009.
Horas em que apenas a água e o tempo imerso na água é nossa companhia.
ResponderExcluirMãos enrugadas de um corpo submerso na água e na solidão do tempo. Tempo em que se esquece a correria e se acalma a alma na água enquanto o corpo se enruga.
E adorei a fotografia.
Das melhores que vi aqui.
Beijos,
submerso n vejo nada, nem escuto, nem falo... mas sempre cabe mais um aqui comigo!
ResponderExcluirbjs
Adorei este Rafa!!! ADOREI!!!
ResponderExcluirDe novo uma sonoridade deliciosa...
Bj
É Mai belas palavras, ;D. Brigaduuu bj
ResponderExcluirOO Déia querida coraçã ode mãe hhehe beijos
ResponderExcluirSons, ah os sons, lezinha. bj
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