quarta-feira, março 03, 2010

Casa dos Escorpiões

* esta foto foi alterada para não ser identificada a casa da qual tirei foto e pertencente aos escorpiões (rs). Este abaixo da foto erapara ser miniconto, no entanto não sei ainda quando acaba mas vamos em frente ...
Por Rafael Belo

Olhos atentos e faiscantes vasculham o local cheirando a óleo rançoso se movimentando no ar. As mãos baixas na altura da cintura prontas para uma eventual proteção. O coração tamborilando na espreita de algo estar fazendo o mesmo. Milhares de olhos o medem em arrepios desencorajadores. Como bom biólogo, Bávaro Baas acabou nesta situação encurralado na Casa dos Escorpiões. Trêmulo a cada cadência de pinças atiçando seus ouvidos, sua tensão aumentava.

Pareciam recortes afiados de lâminas o perseguindo. Ameaçadores na escuridão aqueles seres aracnídeos amarelos alaranjados estavam sendo invadidos por uma pessoa “comum”, pensava Bávaro. Contudo toda história com escorpiões começa com uma maldição e sempre há um porém e Bávaro era o próprio. Na casa destes gladiadores de oito patas não havia um com as cores esperadas e transformadas em lendas urbanas na cidade de Caosina, em algum ponto onde em épocas distantes a Amazônia e o Pantanal se encontravam.

Nada podia ser mais úmido. Habitat ideal para o Roxium Intelectus Aracnidium. Sim... Eles são roxos, marrons e o mais inusitado neste espécime é a inteligência. Eles podem julgar uma pessoa boa ou ruim por meio de uma secreção escorrida com o suor e só então se defendem. Como os demais da espécie se alimentam de baratas, insetos, mas eles também gostam de ratos e morcegos. Medem pouco mais de uma palma e gostam de viver em grandes grupos isolados.

Bem, a história de Baas avança alguns milênios da criação desta espécie desconhecida. Uma tempestade de granizo devastadora havia destruído aquela habitação de onde jamais haviam saído os escorpiões roxos e em busca de nova morada entraram em uma mansão ilegal na beira de um rio imenso. No local, contrabandistas enraiveciam onças pintadas para elas devorarem gados e seus respectivos donos. Assim, afugentados os proprietários e com acesso livre às fazendas, utilizavam os lugares como cativeiros. Não se perguntaram sobre as consequencias de alterar e tentar controlar a natureza. Terminaram devorados eles.

As onças soltas passaram a caçar todos na região até a remota isolação total do local. Começaram a se alimentar umas das outras e por fim sobrou uma. Conhecida pelos sobreviventes locais como Sanguinária. Ela deixava inconsciente o abate e o arrastava para a Mansão Sem Vida. Os escorpiões chegaram à mansão e se depararam com o animal além de selvagem, com uma pessoa presa nas mandíbulas. Decidiram salvar aquela vida desprovida de medo e de pecados contra os seus. Em um grupo de centenas atacaram e despedaçaram Sanguinária. A partir deste momento o sangue alterou os hábitos dos roxos e a lenda urbana começou. (Continua na sexta e ...)

4 comentários:

  1. interessante o argumento, Belo! to gostando da história e da sua pesquisa sobre escorpiões. Eles são instigantes!!!
    beijo

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  2. Gostei do argumento. Tenha uma boa semana!!!

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  3. Hahaha... queria ter visto a outra foto rsrsrs.
    Você e essas histórias sobre escorpiões, heim!?
    Quero só ver como será a continuação da sexta. Estou curiosa...
    Beijos.

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  4. De... Então, dá uma mega história, ams esta seria para o Mistérios Revelados por enquanto ela termina hj.obrigado bj,

    Bom fim de seman paty.

    Espero que a curiosidade seja bem morta hehe Naty beijo.

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