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É estranho quando um sentimento nos invade e nos alça do chão rumo ao desconhecido. A força e a intensidade do domínio mostram nosso total descontrole sobre nossos planos não planejados. Cada palavra dita é um passo dado rumo a uma aventura interminável mesmo com o fim em algum ponto. Mas, tal fim não significa término e sim conclusão de algo pronto para transcender, se transformar em algo mais, além de denominações. Superior a qualquer entendimento e acima de todo sentimento inútil de posse. Pertencer a uma entrega e a um Tempo para tudo é a única possessão a trazer um sorriso bobo e matreiro a cada hora do dia. É inominável intensamente sentir.
Raciocinar é preciso, claro. Mas limitar-se a se conter motivado por possíveis dores futuras é o verdadeiro perder do raciocínio. É limitar-se e conter-se para no meio prender o outro e aprisionar-se. É como procurar razão quando nem sempre ela é precisa, pois há o sentimento declarado mesmo entre as linhas, nos olhares, no silêncio e em outras falas e atitudes. Para não perceber tal existência há de se ser cego. Não a cegueira dos olhos, mas, a do corpo, a de todos os sentidos suscetíveis a ‘saber’ antes de qualquer razão. Por isso, o chão não se faz necessário.
Cada passado vale para chegar onde estamos. Somos tolos humanos e nem sempre aprendemos. Continuamos o mesmo burro erro – me perdoem os burros, seres eqüinos tão inteligentes. Mas, na presença de deflorar um sentimento novo vem o estranhamento, a falta de novo do chão e aquela mente voadora na felicidade tomada pelo impalpável. Muitas vezes - ou seriam todas elas?! - neste ponto nos acomete a surdez. Não ouvimos aquele raciocínio nem sempre necessário e aquela voz amiga pesada incitando nossa lembrança e talvez cicatrizes entreabertas. Então, o mesmo raciocínio deveria nos dizer: “Se está entreaberta não teve conclusão. Pelo menos não para você”...
Mesmo para os feitos de aço e pedra a vontade de ter este sentimento é inegável em algum ponto dentro destes. A declaração crônica para o Sentimento não vem fácil não vai fácil. Em algum momento queremos ou estamos no ‘ponto dentro deste’ dito há uma linha. Desejamos esquecer o fato de uma relação ser feita e desfeita por todos os envolvidos. E assim a vontade de sentir aquele início retorna sem nem ao menos chegar aquele fim sem ser término. Pensamos novamente: ‘É estranho quando um sentimento nos invade e nos alça do chão rumo ao desconhecido’. Para então ser constantemente ‘como se fosse a primeira vez’ é preciso ser esforçar... Para assim ser.
se deixe levar... deixe os sentimentos estravazarem!
ResponderExcluirbj
Texto muito lindo rafa....
ResponderExcluirMe fez refletir...
é o que digo rs... obrigado Déa, bj
ResponderExcluirAgradecido demais Lelezinha, intenção conquistada rs beijos.
Lindo isso!
ResponderExcluirPosso pôr no meu blog? (com os devidos créditos, claro)
^^