Por
Passaram cerca de 120 dias, mas enfim veio a chuva. Primeiro os ventos foram ficando intensos e ao final da tarde já trepidavam as janelas. Então, veio à primeira de muitas gotas e a sequidão começou a dar tchau. Choveu até as primeiras horas da manhã desta terça-feira (13). De 33% de umidade relativa do ar passou de 83%, a temperatura caiu 20°C. Mudanças repentinas. No caminho para o ônibus ainda tinha certo chuvisco. No aperto do quente ônibus cheio e embaçado nem todos acompanharam a previsão do tempo, melhor dizendo nem todos acreditaram nos ‘videntes’ meteorológicos, portanto não estavam preparados para os 8°C lá fora.
Estavam todos em silêncio. Deviam estar pensando no calor da cama ao invés de encarar um gélido dia cinza e o apertadíssimo transporte público. Ninguém nem sequer comentou a mudança temporal. Quando não há nada a dizer não se comenta o tempo?! Sair do calor maçante para o frio repentino parece ter sido uma afronta para a população de Campo Grande. Mas, respirar direito depois de dois meses... Fundo e umidamente fez a manhã ser feliz e produtiva. ‘Deve voltar a chover na sexta’, me diz o meteorologista. A frente fria - motivadora e atração da chuva – se foi...
Ficou a massa de ar polar recorrente lá do Sul. Aliás, o Rio Grande do Sul perdeu muitas árvores para ventos próximo dos 110 km/h. A umidade alta e a temperatura baixa devem ficar de férias por aqui até o fim de semana quando essa massa volta a nos deixar a mercê de muito calor e mais seca ainda. Engraçado é pensarmos no frio como ausência de sol... O pior é se queimar não só com a ideia mas com o fato de ser pura balela. O sol nunca se ausenta e seus efeitos às vezes são bem mais intensos neste tempo – quando não o vemos, mas lá ele está.
Lá fora as nuvens cercam todo o céu até qualquer horizonte possível de ver. A poluição parece diminuir tanto como ‘fumaças’ tóxicas quanto sonora... Há um silêncio - não só dentro daquele ônibus me levando para o emprego cerceando até as barulhentas obras inacabadas e tão longas – de desconfiança de algo vindouro. Tudo parece uma premeditação ‘climática’ nos dizendo sobre o planeta não ser o mesmo, o mundo ser outro, das estações não estacionarem na nossa previsão, mas mesmo assim recriamos nossas repetições pelo tempo.
Parabéns Rafael, você escreve muito bem. adorei le seu artigo.
ResponderExcluirSei que precisava chover....
ResponderExcluirSei que o ar agradece, as plantas, a vida... mas....sinceramente... detesto dias assim!!! rsrsrs
bj
agradeço senhor (a) anônimo. volte sempre rs
ResponderExcluirtem todo direito ao seu ódio, Déa querida rsrs beijos