(8 foto da sítio dos pais da minha namorada, imediações de Sidrolândia - MS, 'registrei-a' na quinta-feira (26)...)
a estrada se liberta de volantes no instante do deslocar veloz do carro posto em velocidade pela necessidade de chegar ao pensamento no espaço percorrido adquirindo o presente no percurso mesmo com o susto de uma curva, de repente, com a derrapagem na gente sem parar e continuar, então, a bater de frente, com o urgente de sair do lugar.
Às 11h55
Visão
a boina estiliza a cabeça protegida
dos desejosos ventos soprados de baixo
para cima inflando a boina em quente balão
puxando as ideias para fora
cantadas em versos telepáticos
empáticos em cada tumultuadas mente
indigente de silêncio,
a janela recorrente paisando
o lá longe em vidro em quadros
simplesmente na falta de toda
estrutura vista.
Às 8h54
Imagem
Despencou a rosa despetalada
sobre a ironia de um rua vazia
apontada para cima em busca do sol
arrepiado em corpos tensos, não estando lá
naqueles copos meio sujo imbebíveis
Vieram as pétalas, depois, caídas
em uma demora aleatória para chegar
no chão sem ninguém, a não ser algum
coração a bater sem lugar nenhum
pelo aroma inalterável do perfume
de Quem.
Às 9h16
Teus
Quando teus olhos de médio mel, abrem-se
pura densidade cobre quem ainda dorme
descoberto de sentimento, por um momento tão longo
a deixar o tempo parado, a espera
de um quente beijo teu, despertador corpóreo, ateador de fogos cardíacos, avassalador de almas expansivas pulsivas em sangue
espreguiçados em preguiçosos sorrisos amados
de fios e cortes em crítico diálogo de Amor
com a luz acesa sob a mesa da sinceridade
onde a verdade [ sobre ela] é amante das melhores imperfeições.
Às 9h48
(Rafael Belo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por compartilhar seu olhar.