*( Bom deve ser nascer como o sol: Percorrer o céu de ponta a ponta, ser brilhante e necessário) Captei o Alvorecer na serra rumo à Floripa...
por Rafael Belo
Não havia como saber. Ela era silenciosa e penetrante. Mas, nada dizia e fazia mistério total do seu pensar. Sorria com o domar do mundo no olhar e caminhava leve em parceria com o vento. Parecia não existir sequer a palavra problema ao redor daqueles ruivos cabelos encaracolados a preencher seus ombros curtos e busto farto. Seu rosto tinha uma leve cicatriz quase imperceptível. Não ficava escondida. Na verdade, ela parecia ostentar a marca como lembranças de batalhas feitas para não se esquecer. Nunca foi vista em academias, porém, tinha pernas torneadas, não musculosas, mas pertencentes a alguém praticante de atividades físicas, ainda mais com os glúteos tão empinados.
Sua voz era uma imaginação carnal para as pessoas apaixonadas por aquela mulher interrogação fruto do desconhecido. De onde veio? Parecia haver tanto poder naquele 1,70m e olhos profundamente mel... Muitos a seguiam até se darem conta de estarem sós. Não conseguiam fixar nome ou apelido para aquela paisagem natural perseguidora do sol. Sim, porque como um girassol ela aparecia no raiar do dia e sumia ao último carinho solar direto. Mesmo com tantas qualidades, havia um fel naquela mulher de idade indefinida e ao mesmo tempo tão jovial... Tanto a chegar a provocar calafrios.
Era uma lenda urbana, uma histeria coletiva... Era um silêncio desconfortável e devorador se propagando na cidade. Talvez ela fosse uma devoradora canibal... Quem sabe uma lembrança reprimida deste lugar abandonado por anjos e demônios, por nós... O grande problema... Bem ultimamente ela aparecia pouco e muitos desapareciam. Ultimamente todos negavam já a terem visto. Nestes últimos dias a cidade também vem se calando em seu âmago como se preparasse para uma fuga inevitável. Como se... Como se aquela imagem de Eva urbana, mundana estivesse comendo uma maça e nós fôssemos esta fruta.
Havia como dizer: “O Paraíso foi expulso de nós”. Aqueles panos esvoaçantes sem data naquele corpo sem idade devia ser a beleza sagaz perdida ou simplesmente expurgada de nós como um bom demônio endemoniado por crenças antigas, por livros montados, por superstições engavetas que no final é um mero mortal com o angelical e demoníaco se equilibrando por dentro em consciência coletiva irregular no inconsciente subjetivo de interpretar o presente certo de acabar sendo passado pelo futuro seja qual for a imagem da sua mente ou da mente do mundo.
Quanta volúpia e mistério tem sua personagem, Rafa! A foto está perfeita!
ResponderExcluirO blog ficou lindo com a reformulação do layout. É bom voltar aqui!!!
Beijos
Oi, Rafa! Adorei as novidades no blog, ficou ótimo.
ResponderExcluirAmei a descrição da personagem. Acho que revela um pouco do que cada um de nós somos sem saber.
Obrigada por sempre estar presente no meu espaço e deixar tantas palavras carinhosas.
Beijos.
Obrigado, reverenciável De, obrigado mesmo bj e é sempre bom tê-la por aqui;
ResponderExcluirRevela sim Nikinha, eu é que agradeço sempre, beijos.