Instrumento
Uma poça
profunda um abismo raso
um ouvido
surdo uma boca calada
corpos
cantando com a pele
o
espelho separando tudo que integre
o
infinito ao grito preso mudo
o peso
morinbundo do fundo do poço
agindo
abismo enquanto toca a música
entre
lá e além o fosso se acaba, a fossa
se
espalha para a estação de tratamento
já é
melodia coletiva em todas as vias
não
mais se esvazia no particular movimento, tem seu lar aberto, é poesia , da alma
instrumento.
(às 11h35, Rafael Belo, 18 de julho
de 2013)
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