por Rafael Belo
Ele adorava os hqs de heróis. Os filmes, inclusive a versão com Jack Chan do Karatê Kid … Adorava lutas, mas não. Ele não queria ser um herói. Amava ser anônimo. Passar despercebido era seu planejamento diário. Estava juntando cada centavo para sumir de vez. Mas não tolerava covardia. Foi o erro clássico dele.
Não podemos conversar? Se intrometeu João Prometeu. A arma simplesmente foi apontada para ele. Nem João sabia se continuava sorrindo de nervoso ou desafio ou pela paz, mas não esperava que funcionasse. Na verdade, não esperava nada. Só sentia que se não fizesse algo todos morreriam.
Aquela cena de um filme do Homem-Aranha era surreal demais para não se fazer nada contra. Ele reconheceu a metralhadora toda raspada com uma numeração diferenciada anti criminosos. A reportagem acaba de passar, mas só ele prestou atenção. Não imaginava que aquela mulher fosse a responsável pelas fronteiras… A tatuagem debaixo da orelha dizia isso. Era o significado daquelas armas cruzadas ostentando uma coroa.
Por algum motivo ela o reconheceu. Abaixou a arma. Porra João!!!???? O beijou até perder a noção do tempo. Ela fechou os olhos, pensava João enquanto orientava para todos saírem devagar como se nada tivesse acontecido. Gesticulando como se deslizasse a mão da direita pra esquerda negando qualquer possibilidade de dar match. Incrivelmente foi assim… Realmente o tempo tinha passado e uma lua sangrenta atraia todos os distraídos que nem sequer ouviram as rajadas de tiro deixando reticências ao invés do ponto final.
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