por Rafael Belo
Eu vejo ódio por toda parte. Ameaças, xingamentos, injúrias, difamações, tentativas de assassinatos, assassinatos… Medo tem sido a atmosfera mundial, mas aos meus arredores são os locais onde posso afirmar estar presente. As conquistas estão sendo questionadas em uma contradição sem fim e ao invés de evoluirmos voltamos para a vida medieval. Polarizamos algumas situações terríveis, as potencializamos e voltamos a vestir nossos anteolhos.
Distorcemos todas as coisas, as palavras e as pessoas para caberem naquilo que queremos. Somos selvagens. Quando chegamos ao limite não ponderamos, não colocamos na balança, não raciocinamos as ações e reações, então às consequências nos esmagam como a história está aí para quem quiser ler. Mas a preguiça e o descaso são mais fortes. É mais fácil tirar o tacape, agarrar as pedras e partir para os confrontos. Somos frutos do Sistema que sempre deu com uma mão e tirou com a outra, mas também frutos da cegueira.
Político faz lei, as fiscaliza… Mas nós que fazemos mudanças. Não precisamos depender de um sistema precário como está para mudar, para fazer o bem, para ajudar e se ajudar. Sabemos da corrupção humana, sabemos das opções, das possibilidades, das escolhas, da vastidão do mundo e da necessidade do equilíbrio entre mente e corpo para a evolução, mas não queremos. Queremos o fácil, o rápido e depois de milhares de vezes repetindo guerras, destruição e miséria nos últimos milênios, acabamos escolhendo de novo o mesmo porque somos especiais e desta vez fazer a mesma escolha vai ser diferente. Se tem algo que somos especialistas é na nossa idioticidade.
Somos muito idiotas e orgulhosos. Vamos morrer disso e sem sair do lugar. Damos loopings fantásticos em uma montanha-russa decadente e sem qualquer segurança para depois fingimos que o mundo não gira como uma roda-gigante. Sendo um pouco nerd e um pouco boçal, talvez Thanos saia do Universo Marvel e venha estalar os dedos por aqui. Democraticamente vai eliminar metade da população universal, não vai escolher partidos nem a ética ou a moral, muito menos respeitar alguém, além daquilo que o velho titã acredita. No entanto, não precisamos de ajuda para continuarmos fazendo nossas besteiras diárias e negarmos nossos preconceitos, ódio e egoísmos nestas Cruzadas modernas.
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