no ato da cegueira coletiva começar
correm os buracos para o cerco
criados clandestinamente pela surdez
caindo coercivamente contraditórios
os seres provisórios privados de si
no privado cercar de quedas
vivem na realidade improvisada das cavernas
tão paralelas quanto um ginasta pode utilizar
em um salto sem sentir o olfato se esvair
e a saliva levar o paladar à emergência mental
onde não sabemos se vivemos demências nem o significado de normal.
+-Rafael Belo/*
às 10h33, sexta-feira, 29 de maio de 2020, Campo Grande-MS.
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