Rafael Belo (- foto de um dia atolado na estrada)
Há tempos não assistia televisão que não fosse para me entreter com filmes, séries e artifícios culturais – que não se restringem a arte. Da mesma forma não lia jornais, apenas passava os olhos e direcionava toda minha atenção a colunas e artigos. Nada contra matérias jornalísticas, afinal sou jornalista também, mas a forma robótica e atemporal que são escritas me fazem perder o interesse. Sinto-me assim um desinformado funcional, sabe, como um analfabeta funcional. Sei o motivo de saber isso, mas qual a origem?
Enfim, nem todas as matérias são enfadonhas, porém o caso aqui é o medo passado nos noticiários e tantas mortes anunciadas e factuais. Em menos de dois minutos contabilizei mais de 50 mortes, dezenas de enchentes no Norte, Nordeste, aviões caindo – inclusive o de hoje, parricídio, homicídios dos próprios filhos, pandemias, violência atrás de violência... Porque havia tantas doações e interessados e amenizar as dores catarinenses e não há um só pelso nordestinos?! Então vem a ignorância a achar único culpado ou perguntar de Deus?! O livre-arbítrio e todas nossas escolhas têm sim consequências e a culpa é toda nossa.
Por que a ganância e a arrogância se hospedam indefinidamente em nós? É fácil ficar triste, difícil é permanecer alegre... Porque queremos buscar coisas desnecessárias para nós e acabamos alguma propaganda ambulante na antiga poesia de Drummond (Eu, Etiqueta). Valemos o quê? Parece que a sobrevivência a qualquer custo. Há tanta confusão, tanto barulho por nada que não ouvimos nem a nossa voz nem A que nos guia.
Quem se elege sozinho?! Ninguém... Afastamo-nos da responsabilidade e de nós mesmos e estamos lá no limbo como um bando de invisíveis, sabendo que alguém nos escuta, mas não nos veem... Recentemente um ex-chefe, já passados dos idos dos 50 anos foi espancado, porque não tinha dinheiro, por três pessoas desarmadas e a platéia do outro lado da rua de dezenas de pessoas nada fez...! Nem chamou a polícia! Aí eu me pergunto quais são as almas perdidas?!
Creio que por todo o escrito e não escrito é que não venho me informando de desinformação. Não consigo me conformar nos seres diminutos e egoístas que nos permitimos virar ao virar as costas aos valores morais, éticos e nos afundarmos em Prozac e suas derivações além da velocidade dos carros e da embriaguez reverenciada. Deveríamos saber em que investir nossa fé e auxílio... Para não reclamarmos das consequências em que atuamos quando os tempos ficarem mais frios... Que tal analisarmos a nós mesmo primeiro e nos assistir por um tempo? Vamos voltar a ser irmãos!
2 comentários:
"Seres diminutos e egoístas que nos permitimos virar" disse tudoo Rafa.
Não sabemos investir em coisa que nos faz bem e faz bem ao outro!
beijoo ;*
Saber... Crei oque saibamos, mas e nosso egoísmo como fica...?!
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