sábado, julho 04, 2009

Apontar dos ponteiros

(foto que tirei aos arredores de CG)

Há o bater do coração acelerado de todas as horas
Incomodado nestes ponteiros se movendo em círculos
Guardado no alto pelas memórias
Silenciado pelo bater covarde da bela torre de sinos
Todos sincronizados nos ouvidos alterados pelos uivos de redemoinhos

Alta estação da sucessão de esquecimentos comprimidos
Umedecidos na boca pela língua nos lábios
Engolidos secos aos gestos contrários
Até o covarde bater do coração haver
Há o silêncio acelerado do bater alto da antiga torre dos sinos

São dezoito horas na fronteira misturada entre luz e escuro
No círculo seguro de onde o tempo vem e vai
Fica
Uma ou outra batida entre os bateres do peito e da duração
Momentos parados postos diante dos contínuos
Haveres secretos
Abertos para revelação

18h - 02 de julho de 2009 – Rafael Belo (Folha de Outono)

Um comentário:

  1. Rafa, achei interessante esse seu olhar através da fotografia. Mesmo. Fiquei até inspirada para uma poesia que lhe dediquei no meu blog: www.tudoempoesia.blogspot.com.

    Obrigada por me tirar do ostracismo desses últimos dias.

    Beijo.
    Isolda.

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Obrigado por compartilhar seu olhar.