segunda-feira, agosto 17, 2009
“Simples motivo”
(já subi nesta, mas esta foi dos primeiros dias de facul abaixo da antena torre, que já me transmitiu)
por Rafael Belo
Estava estranho. Me sentia recém parido. Das entranhas da luz. Mas, estava escuro fora do ventre. Era dia feito. Crescido com todo biotônico solar de uma preocupada infância. As vozes encorpadas nas rua, os insistentes latidos dos cachorros vizinhos, os carros sempre atrasados seguidos de buzinas e freadas impacientes, mas faltava alguma coisa.
Fiquei no escuro e no som dos instrumentos de músicas clássicas até o escuro se estender para as ruas ainda agitadas. Tinha certeza de algum mal-estar e me inibi de me movimentar. Nada de comida, nada de cochilo, nada de banheiro, nada das necessidades ao necessárias agora ao meu corpo. Meu castigo minhas chibatadas por não decodificar meu sentimento enrolado no pescoço.
Aquele piano frenético viria a me irritar. Muitas notas por segundo. O telefone chamou até cansar. Depois um celular e então o outro. Batiam palmas lá distantes na calçada. Batiam no portão. Bateram na porta. Chamaram meu nome. Meu nome foi gasto até acabar. O silêncio substituiu a insistência exceto pelos carros ainda velozes e cheios de buzinas no asfalto.
Do meu espaço pacífico e estanho vinha espaços de irritações contorções faciais a cada bagageira “incomodação. Seria necessário “o quê” para dize mais “não estou aqui.”Isto não bastava. Substituível feito tudo - menos o sentimento - e não há problema algum. Não existe insuficiência de presença, pois de alguma forma sempre estamos.
“Hoje era meu dia de sombra”. Repetia meu novo mantra. Mais ainda havia o estranhamento me mordendo. Mordia minha boca, minhas mãos, minhas pernas e meus pés até começar de novo e de novo... Ficavam marcas invisíveis a arder e queimar se espalhando pela minha corrente sanguínea para um, um grito enlouquecedor. Típico desabafo. A pergunta era: “O quê está abafado, afinal?”.
Ensaiava meu olhar vazio e o atuava pelos cômodos mais escuros e cheios de sombras, agora. Já me permitia sair do castigo, me movimentar livremente. “Por que então estava tão preso, tão pesado?”. Mudei a tática. Fui me esvaziando pele por pele, pensamento por pensamento, respiração por respiração... Senti um bom vazio me inflar no sopro de um ar quente imperceptível.
Estava estranho simplesmente pela primeira lembrança de estar de férias!
Olá!!!
ResponderExcluirQue texto incrível! Que imaginação vc tem....
Adorei!
0.0!!!
ResponderExcluirRafa, pelo que entendi, vc não gostou das férias???
É isso mesmo, ou interpretei errado?
Tirando isso, seu texto está impecável p/ variar!!!
Quero te presentear com um dos meus selinhos: Blog mágico!!!
Vá lá.. e pegue, é todo seu!
Bjos
Tem dias que estamos mais estranhos do que o normal...rs
ResponderExcluirBjs
Obrigadoo Lezinha! Gosto deste miniconto hehe
ResponderExcluirBellinha tem haver mais com dois pré-refrões do Bidê ou Balde: "PAssar o tempo inteiro só pensando trabalhar, não/ Passar o tempo nteiro só tentando aproveitar, é!" Obrigado pelas palavras e pelo selo. "impecáveis"... hum têm bastantes pecadilhos (risos)bjs
ResponderExcluirSábias palavras, Nikinha, sábias(risos)bjs
ResponderExcluirMuito bom Rafael. Inspiração total!!! Foto massa também (pra variar...hehehehe)
ResponderExcluirUm abraço!
Rafaaa,
ResponderExcluirfoi feito pra mim né?! rsrsrs
nossa adoreii, já me sentii daquele jeito algumas vezes, vc tem muita imaginaçãoo *-*
Ah, antenas, Jamy, antens e céus hehehehe obrigado linda cheiros pra ti :D
ResponderExcluirÉ Juzinha, todos nos sentimento, eu só exagerei no meu caso kkkkk e criei o miniconto beijso lindaaa
ResponderExcluirComo você consegue? Sempre melhor!!
ResponderExcluirDia após dia?!
estranho? todos somos..as vezes num mesmo dia, várias vezes rsrsrs
Agora, vá...férias, descanso, coisas despreocupantes...experimente como é bom !! rsrsrsrs
beijos meu amigo querido
Reza, de joelhos e pés juntos, a lenda que ue sou alienígena e que vivo parte na realidade e parte a transformo pra variar, Déia kkk. Só pra constar, querida amiga, estou sempre de férias mesmo quando trabalho parece escravo -mas nunca é. kkk Brigauuu lindaa bjs de quarta.
ResponderExcluirÉ bom voltar aqui e ver que você está sempre em boa companhia. Quem é vivo, enfim, aparece. E eu continuo nessa condição de pessoa viva. (Risos) Gostaria de agradecer pelos selos aos meus blogs. Tem um lilás que casou com o layout do Mala Jornalística.
ResponderExcluirGostei da sua expressão no post: “substituível feito tudo”. Realmente, a gente encanta as coisas, as pessoas, mas sempre discordei da máxima: “você é insubstituível”. Acho hipócrita. Não sei. Talvez a hipócrita seja eu. (Risos)
Abraço.
Isolda.
"E eu continuo nessa condição de pessoa viva. (Risos)" Ri ensandecidamente muito kkkkkk Os selos costumeiramente os repassarei (pegou o do Coração de Ouro?) Concordo que seja hipocrisia (não vejo os sintomas em ti ,risos, pelo contrário) sentimos falta, mas...E que boa companhia né, Is, hehehe ?! ABraços impressos na alma querida.
ResponderExcluirTexto psicodelico! Ficar de férias deixa a gente confuso pra caramba...
ResponderExcluirO que é ter nada pra fazer, diante do tudo que ainda falta fazer? rsrs
Oii Rafa!!!
ResponderExcluirNossa, não posso mesmo ficar muito tempo sem net, me atrasei em alguns posts seu que diga-se de passagem: São lindos!!
E esse... se Gabriel o pensador visse concerteza faria uma musica.
:)hih
Extraordinário! ^^ Li mais de uma vez.
Haaa... Obrigada pelo selinho, já vou portar!!
Beijos!!
É De "Passar o tempo inteiro só pensando em trabalhar. Não! Passar o tempo inteiro. É!" kkkk Bidê ou Balde "é preciso dar vazão ao sentimento". É negócio é a arritimia depois kkkkkkkk bjs
ResponderExcluirExagero Cel, hehehe modéstia a parte, me aparta, me aparte ehehehe Ele faria música deiferente das que faço mas seria uma honra kkkkkkk beijos Cel. "Come Back"
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirAbraço!
Obrigado Ricardo! Se sinta em casa. abraço.
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