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Pelas minhas estadas pra e lá e pra cá, minhas melhores lembranças vêm itinerantes. A casa da minha memória é justamente esta onde estou, a da minha falecida avó. Porém, lembro de algumas em Ribeirão Preto (cidade natal), onde bons momentos em família aconteceram. Uma dela é a conquista de ir a pé e sozinho à escola, o equivalente a minha imaginação a muitos e muitos quilômetros e eram apenas poucas quadras de aventura diária. Começava meus 11, 12 anos... Em verdade são três casas permanentes na minha memória porque foram nelas onde vieram meus amigos.
A primeira em Rondônia. Lá em Vilhena, fortes laços permanecem unidos pela internet e pelos feitos por lá. Foram três anos perambulando entre os limites da cidade e minha casa fora deles. Uma dezena de amigos carregados em várias viagens de 18 km da cidade para casa em cada fim de semana esperado. Era o sempre presente violão, os nados no rio e o vôlei improvisado. Minha primeira carteira de motorista também é de lá, assim como minha reservista.
Depois vem a casa da minha irmã mais velha quase em Ribeirão, mas é Sertãozinho. Na medida do possível me encontro por lá, isso porque é minha única referência de lar permanente – praticamente – onde morei três anos também. Mesmo nesta minha última estada no lugar onde nasci, me controlava para não estar constantemente pegando menos de meia-hora de ônibus e surpreender o fim de semana na casa dela. Pela adolescência separando o meu tempo e das minhas irmãs, digo ser em Serãozinho onde tenho amigos desde as fraldas.
Para não transformar um prelúdio em livro, já chego onde estou, na casa da minha falecida avó. Por aqui me formei, trouxe todos os grupos de amigos reconhecidos, comecei a trabalhar na área e sempre estive por perto, aliás, morei aqui mais de cinco anos fato inédito das minhas estadas em lares. Muitos natais foram passados por aqui. Muitas traquinagens de infância. É uma casa de lembranças, é histórica por parte da família. é difícil enxergá-la como está agora, a vejo com os olhos da criança vindo visitar a avó querida.
Três Estados mais significativos passados tão presentes ainda digo ser de todo lugar... Não é a mais pura verdade, é mais um ironia com minha aparente falta de raízes, no entanto sou mais daqui de Campo Grande e se me perguntarem com qual casa me pareço. Diria o óbvio (?): um trailer.
Nossa Rafa que lindo!!!
ResponderExcluirE que legal ler um texto falando de você, da sua infancia. Lendo seu texto bateu uma saudade da casa da minha avó também, e que ao contrario de você, eu morei lá minha vida toda, estaria ainda lá se não tevesse passado no vestibular esse ano e mudar de cidade.
Belo texto acompanhado de bela foto! =)
Você já leu Sandman?!? (se já, é bom?)
Beijos,
se cuida Rafa querido ^.^
Rafael, fiquei emocionadíssima ao ler o texto. Vc falando de seus lares e de como cada lugar marcou você foi um presente. Obrigada por dividir conosco.
ResponderExcluirEspero que vc estacione este trailer em algum lugar... ou não! Sei lá!
Um beijo enorme,
Alê
Rafa... eu jamais imaginaria que algum dia vc viesse postar com tanta força e tanta revelação assim.
ResponderExcluirSempre me surpreendi demais com seus textos, confesso... mas esse superou.
Conseguiu mostrar uma lágrima aqui, sem demagogias.
Comovente.
Deixo um grande beijo pra vc e agradeço por saber tocar tão bem assim, nós leitores.
Olá meninas!
ResponderExcluirObrigado Cel, nem sempre foi fácil me expor assim diretamente hauaau Nós somos nossa casa, e o que guardamos em nós... Sim mais que recomendável. Beijso Linda.
OO Lelezinha fico emocionado co msua emoção. Disponha hehe vez ou outra aparecerão tais textos hehe não tenho estação que não me seja hauaau beijos Beldade.
NAty Naty Naty... Gosto de não ser tão imaginável assim, agredeço por ti ser "minha" leitora hehe obrigado obrigado e obrigado pela lágrima... beijos, sublime.