por
Rafael Belo
“Vergonha alheia”. Mal tenho vergonha
dos meus fazeres e afazeres quem dirá do dos outros. Condescendência típica...
Mas esta é a moda moldada na boca das ruas e na linha do tempo do face. Não tenho
vergonha da comédia e do drama da queda de outro no chão. Eu rio, dependendo da
gravidade, e chego para ajudar a levantar, pronto. Realmente ficou no passado. Mas
ai daquele que vier de dedo em riste dizer como devo ser, qual forma tenho de
agir e o sentimento vazado no rosto. Demais, ainda mais se você for se definir
pelo meu nome: Ególatra Eussim.
Mas desta forma eu ajo. Eu dito como as
pessoas devem ser na minha visão e eu as adéquo a minha maneira, a mais correta
de se viver. Eu comando, tenho tudo nas mãos... Estes fios invisíveis a te
moverem são a “informação desnecessária” sobre você. Você é meu títere. Além de
meu fantoche onde enfio minha mão e te movo. Você não percebe, eu sou teu
mestre. Você está sob meu comando e cada dedo meu mexido faz algo contigo feito
uma pressão não sentida. Meus queridos Pinóquios. Minhas madeirinhas esculpidas
a fogo e talhadeira, bebem de mim como seu fosse água. Coitados, tenho dó!
... Não, não tenho! Os quero seguindo
como degraus me elevando, me dando suas glórias mesmo parecendo serem suas. “Vergonha
alheia”... Fala sério! Mostrem esta mágoa, este rancor, esta explosão de ódio
guardado para uma vingança sem fim na Avenida Brasil ou escrachada e Cheia de
Charme. Vai lá diga a verdade, mostre suas garras afiadas e suas presas
esverdeadas de veneno. Chega de fingir este seu puritanismo apodrecido há
décadas. Sei do seu gosto pela manipulação. Assuma seu sabor de manipular e se
adequar de maneira subversiva aos seus interesses e somente por eles.
Vamos confirmar o nome: Ególatra Eussim.
Todos somos. Mas eu sou mais. Eu sou o Aliciador dos aliciadores, o serial
killers dos seriais killers, Eu sou Eu. Vocês venham a mim, me adulem, me
idolatrem, me fotografem, façam primeiro comigo ou as consequências serão...
Digamos... Articuladas ao fundo, armadas em silêncio, matutadas feito pasto
bovino, ruminando... Porque eu não sou nada além de mim, e tudo sou eu. Não há
nada a ser aprendido se eu não ensinar, então, aprendam agora... Na próxima
receberam só meu esporro.. Bem... A não ser... Humm, quando eu precisar de você
eu te aciono, fique no aguardo. Até a próxima.
Bom dia, Belo!
ResponderExcluirgostei muito da sua crônica "baseda em ficção e vida real". Enquanto meus olhos se deliciavam em suas palavras, vivi momento de incrível realidade diária.
Parabéns, meu caro!
Belo, sua página está incrível!!!
ResponderExcluirObrigado MAry. Ler e observar faz milagres tb rs bj
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