por Rafael Belo
A gente perde todos os dias quando poderíamos ganhar diariamente. A gente se deixa dominar pelo pior em nós. Desculpas, perdão não vão resolver para quem foi afetado porque esquecer palavras e feitos é fácil, porém, o que sentimos com isso não. E o sentimento… Ah, o sentimento envolvido com atitudes e palavras é denso, é profundo, esse deixa marcas, por isso, a gentileza é tão comemorada, tão exaltada, mas não no sentido de perder os ânimos, o controle, mas de se destacar diante dos dados atirados.
Jogamos um jogo que não entendemos e vamos ao ataque direto para não precisarmos nos defender depois. A melhor defesa não é o ataque este só causa um contra-ataque e é um ciclo vicioso. Fugi do foco. Cheguei até a gentileza e a deixei passar. Bom… Atenção, carinho e gentileza viram artigos de luxo em um mundo voltado a vitória a qualquer custo nos etiquetando com um luz zumbi da ansiedade da qual nos tornamos dependentes e nos leva o tempo que nos permitia olhar com cuidado e ser gentil.
Aliás, nós nos degladiamos com ele o tempo todo. Ou ele voa ou se arrasta, mas já perceberam que ele passa conforme estamos nos sentindo no momento? Temos que cuidar dos sentimentos. Principalmente, os libertar. Os sentimentos não precisam de gaiolas cantando tristes pela liberdade, mesmo se eles forem dor, raiva… Não os liberte em palavras ou em pessoas. Isto só o alimentará. Os descarregue em alguma atividade física como as artes marciais e converse com alguém sobre eles, mas não os prenda.
Nem os manipule para conseguir algo de alguém. Você perde também. Recuperar tempo e confiança é igual voltar a dormir direito. Depois de tanta insônia, de noites em claro, ansiedade enlouquecida não se retorna. É preciso começar tudo de novo porque o que fazemos sentir e o que sentimos não se esquece. Temos de lidar com isso. Assumir a culpa, receber o perdão não significa nem de longe que algo voltará a ser como antes. Por isso, não somos só coração. Podemos pensar antes de agir e falar.
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