sexta-feira, janeiro 21, 2011

Distante da distância dos caminhos do acerto

*(Florescer e apagar todos os dias em verde e vermelho - captei 21/01/11)


Por Rafael Belo
A morte não lhe afetava só o fazia pensar mais em si mesmo - coisa pouco comum, aliás - feito a distância criada pelas pessoas a qual ele costuma retribuir com uma indiferença inexplicável até só haver esta longitude fria o esvaziando. Era quase um desamor em um mecanismo racional já involuntário de viver só. Miro Mis detestava pensarem saber seus pensamentos e as tentativas irracionais de o controlarem, tais insistências diminuía as pessoas perante seu olhar de frio no estômago.

Miro gastava toda sua energia em se sentir bem fazendo os outros assim se sentirem também. Atualmente isso tinha se intensificado de forma egoísta, pois já não esperava nada em troca, pelo contrário queria no mínimo a metade de sua energia reconhecida. Em pouco tempo já estava com um orgulho descabido e contraditório, algumas coisas aceitava e outras não, mas pouco estas mudavam entre si... Ele acreditava em seu desejo de ter seu espaço e ficar sozinho, mas este era realmente um pensamento fixo criado para afastar o mundo de contestações de si. 

Seu medo era a precipitação e com isso o nada dar certo. Por isso, fazia silêncios e dizia assim também estar sua mente, mesmo assim acreditava haver apenas um caminho para o certo... Claro que esta ideologia tinha uma utopia fantástica tão distante da forma a viver agora. Em outros tempos ele diria que a distância o lembraria a morte, fato totalmente errado porque esta é proximidade, mas felizmente tantas coisas estão erradas...

Distância para ele era a contradição das pessoas continuando a viver sobre regras adolescentes e comportamentos infantis. Tudo isso passava em sua mente enquanto ele se jogava em seu próprio abismo catatônico de um coma a ser enredado no novelo da próxima esquina quando um acidente o deixará mais presente, mais preocupado com a mão a o afagar sem saber se sua presença espiritual está naquele corpo encamado pela confusão. Preso a cama sem se pré-ocupar com possibilidades do futuro, ele vai desejar fazer o agora o melhor possível, tentando não ser mais indiferente, apenas diferente.

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