Ter fé. Vendo o brilho
natural nos olhos das pessoas percebi a vontade de ter em quem acreditar. Ávidas
por atenção e por alguém do qual seja possível tocar, conversar e ouvir...
Imitar até. Aquela ânsia de estar próximo, esta carência de exemplos a espalhar
a desconfiança. Mas, não é uma desconfiança qualquer é um desconfiar confiando
com um quê de “e se...” Há uma necessidade latente de completar este espaço tão
emaranhado de teias.
Por mais divino ser o
humano, há este físico sensorial aflito por algo além da mesmice, existe um
sorriso escondido atrás do brilho dos dentes incontidos... Está a carne
querendo um semelhante nas falhas, este também sendo divino, este ser de carne
e alma no espelho e por onde haja um pensamento. Este deve ser o motivo de
tanta contradição, tanto desequilíbrio, tanta expectativa invadindo já fora da
pele e da mente incapazes de conter já tanto sentimento exalando...
Então, falar do nosso outro
lado, nossos silenciosos pensamentos, nossos ardilosos sentimentos não é mudar
é revelar realmente quem é você e quem sou eu. Lá está o medo de ser
descoberto, de perder a cobertura do errado, de tentar peneirar toda a
velocidade da luz dos raios solares, da própria percepção dos limites entre o
poder e a lei. Do seu meio e o da cidade, do meio dos outros e do público. O particular
e o público se misturam na navalha viciosa das mídias sociais.
Ficar onde está
é como dizer não ter nada mais a ser feito, a vida acabou. É isso mesmo?Os sonhos
chegaram ao fim? As
conquistas cessaram? Podemos, então, nos misturar aos inúmeros tons alaranjados
do sol e nos despedir desta insossa vida planejadíssima por nós, tão
inteligentes a ponto de saber a hora de dar um basta, certo? É... Desistir sem
tentar o suficiente é bem renovador, é exatamente a forma de mudarmos aqueles
detalhes incômodos do qual tanto reclamamos. Estamos a nos pôr?
Um comentário:
Muito Bom! Interessante!
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