Em outro lugar
Algo chora dentro de mim, mas não me pertence
não sou eu quem está em agonia, são as fatalidades
silenciosas em empatia
aos próximos, em um som gritado sem fim, são vazios e o vazio
preenche
minha voz adoece em paradoxos para outras vozes se exaltarem
em arritmia
e o sofrimento escolhido nada me perguntou ao me escolher nas
folhagens
ele pulsa a doer, um receptáculo que me precede no espetáculo
da sinestesia
uma casca potencializada pela esponja da alma desejando
dormir
pálpebras pesam o olhar para onde descende a realidade e
fantasia
pés zumbis se arrastam ficando ao ir
e no final... Eu não estou aqui.
(Às 13h07, Rafael Belo,
terça-feira, 20 de novembro de 2012)
Interessante ao ler essa poesia,senti que sou eu! Muito interessante , como tudo que escreve...profundo e verdadeiro! Parabéns!
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