quinta-feira, abril 25, 2013

Dor aquém

Dor aquém







Uma onda vermelha pulsa nas artérias do dia nublado
tudo parado, sem fluxo, à esguelha
da fala que insulta a alta maré

sem diária fé, só aquela das supostas emergências que se quer,
a posta insurgência é,
do buzinaço e do pouco tato de ser humano, se for algo além mutando
do lunático homem de aço

o estardalhaço prático do indivíduo egoísta
é alterado aos mil quilos pelos analistas,
aposta da choça de todos masoquistas em temperamentos

do reflexo narcisista se contorcendo,
remoendo nota do retrovisor,  para não se notar a dor dos cruzamentos.



(às 14h30, Rafael Belo, quinta-feira, 24 de abril de 2013).

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