Dor aquém
Uma onda vermelha pulsa nas artérias
do dia nublado
tudo parado, sem fluxo, à esguelha
da fala que insulta a alta
maré
sem diária fé, só aquela das
supostas emergências que se quer,
a posta insurgência é,
do buzinaço e do pouco tato
de ser humano, se for algo além mutando
do lunático homem de aço
o estardalhaço prático do indivíduo
egoísta
é alterado aos mil quilos
pelos analistas,
aposta da choça de todos masoquistas
em temperamentos
do reflexo narcisista se contorcendo,
remoendo nota do retrovisor, para não se notar a dor dos cruzamentos.
(às 14h30, Rafael Belo,
quinta-feira, 24 de abril de 2013).
Muito bom ..incisivo...profundo.mamys
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