Adulteradas
entrelinhas
Oscilou o clamor das redes e caiu o sinal
desabaram as paredes, sumiu o andor , o mundo se desapequenou,
desesperou dedo por dedo o ardor das sociais sem digitais
sem sinais do medo e horror ostentados pela dependência
virtual
começou o caos das carências não marcadas
nos distúrbios dos subúrbios da conexão desigual
faltaram mãos para amparar a queda maquiada
faltou chão para toda energia gasta no residual
nunca mais a massa zumbi teve a vontade compartilhada
sem cantis não mantiveram as águas confinadas no
normal
morreram de sede todos aqueles que beberam da água
adulterada.
(às
19h15, Rafael Belo, quarta-feira, 1º de maio de 2013).
2 comentários:
A sua inspiração é fantástica,a poesia está perfeita,a cada verso constatá-se o seu dom poético.Que maravilha!!!
Esse rapaz, nasceu para ser um poeta..escreve como ninguém cunhada, e interessante é que quando leio vejo fatos sempre novos ditos de uma maneira diferente ...Parabéns! Amo você...Mamys (ainda não tive tempo de fazer meu login)
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