quinta-feira, setembro 30, 2010

'Cordas iluminadas'

*(8 os raios solares nos mexem como fantoches de neve derretendo no novo caminho verde e pedras talhadas... - caminho para fora em casa, captei por estes dias).




Um grito da multidão e a razão se vai
se esvai como se nunca a tivesse sido
dói nos ouvidos antes dos gritos serem físicos e doerem no corpo

dor da mente tão danada por ser desorganizada em esquizofrenia do povo
o rei está morto e seus espólios viraram acessórios na pilhagem do todo
na anarquia do nada inveterada na onda de vazios assolados pelo abandono

Gritos na multidão e os donos se vão
se espalham feitos chuvas dormidas
nas esquinas de nenhum lugar consumido pelos quilos de falas de anulação

há certa hesitação [o rei sou eu ou não?] neste autismo optado pelo medo
com o segredo de fingir burrice enquanto o burro não se ofende com a gente
sussurros de sombras deslocadas confundido tudo e nada nas cordas da manipulação.


Às 14h34, Rafael Belo (30 de setembro, 2010) .

5 comentários:

Déia disse...

As vezes não adianta gritar...
as vezes não adianta ser rei! rs

bj

Deise Anne disse...

dor da mente : dormente.
angustiado e muito bom.

otimo fds!

Dora Casado disse...

Oi Rafael! Belo texto. Ser rei tem lá sua fragilidade. E acho até que são maiores que as dos súditos.
Um cheiro grande.

Naty Araújo disse...

Complementando o que a Déia disse... Às vezes não adianta gritar, mas às vezes essa é a única solução.

É melhor gritar, do que ficar em silêncio a procura de socorro.

Adorei.

olharesdoavesso disse...

sempre adianta para algo em nós, querida Déa... bjs;

reverências a ti Deise bela, bom tê-la sempre por aqui, beijos;

E não são? rs beijso Dorinha querida, bom ver te aqui novamente bjs;

bom ver que r ealmen te voltou Naty adorada beijos .