sexta-feira, setembro 21, 2012

Um minuto atrás


Aquelas palavras embriagaram a alma
e o corpo esticou-se em palma, para o coração bater
sair de suas sucessivas depressivas derrotas, para parar de doer

fazer o verde desviar da rota, dos galhos secos nascer

mas a palavra virou vapor e de tão embriagada choveu

chuva chovida de choverar, enchendo esta garrafa vazia
de um ar incerto, pressionando o embriagado líquido, a estar perto
da água da nostalgia de um minuto atrás

a embriaguez do correto, a bebedeira capaz
de deixar mais sedentos  quem nem sente sede mais.

(Às 22h54, 20 de setembro de 2012, quinta-feira, Rafael Belo)

Nenhum comentário: