Aquelas
palavras embriagaram a alma
e
o corpo esticou-se em palma, para o coração bater
sair
de suas sucessivas depressivas derrotas, para parar de doer
fazer
o verde desviar da rota, dos galhos secos nascer
mas
a palavra virou vapor e de tão embriagada choveu
chuva
chovida de choverar, enchendo esta garrafa vazia
de
um ar incerto, pressionando o embriagado líquido, a estar perto
da
água da nostalgia de um minuto atrás
a
embriaguez do correto, a bebedeira capaz
de
deixar mais sedentos quem nem sente sede
mais.
(Às
22h54, 20 de setembro de 2012, quinta-feira, Rafael Belo)
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