por Rafael Belo
O medo nos move ou nos aprisiona. É um decisão necessária nas nossas vidas para vivermos. Caso nada escolhermos, o mundo não vai parar. Somos todos covardes até aí. Eu, como ex-covarde, tive muito medo, mas principalmente de perder, de parecer muito ou pouco, de julgarem minha sexualidade, apesar de eu fazer parte da heterosexualiadade a mais hipócrita e covarde… Hoje nem me importo. O medo nos torna os animais que somos como se fôssemos apenas uma coisa ou outra. É com medo que os políticos e os dominadores nos subjugam. Fazem-nos temer ser medíocres, não seguir a moda, os padrões, não abastecer com gasolina, não ter um negócio próprio ou perder o emprego, não ter dinheiro o suficiente, ter pressa para conquistar… Assim, o medo nos leva a procurar apenas segurança. Não temos liberdade e morremos de saudade o tempo todo.
Não sei se você tem tempo, ombros e ouvidos ou acumula desculpas, mas se você tiver todos estes itens em dia, certamente reparou que a história das pessoas é extremamente parecida. Todas falam de liberdade e todas falam de saudade. Mas, a experiência, a vivência de cada um muda o significado delas. Tanto das pessoas a liberdade e saudade. Posso falar somente por mim e eu tenho saudade do meu pai. Penso nele o tempo todo. Sou uma das extensões dele. Onde ele esteve e tocou, ainda continua. Mas, fisicamente e profundamente sou eu, minhas irmãs, minha mãe e minhas tias e primos… Para nenhum o sentimento de falta é o mesmo. Eu já senti muita falta do meu pai. Hoje eu só penso o quanto ele me ensinou e a forma como reagiria as pessoas e acontecimentos. Esta é minha saudade.
Não sinto falta do amanhã porque aprendi a estar mais ocupado com o agora e com as pessoas ao meu redor, as que conheço e as que desconheço. O que leva a minha liberdade. Minha liberdade é poder observar tudo e todos. Interagir com tudo e todos. Traduzindo no meu coração em conluio com a mente a minha forma de liberdade. Esta, escrever, é minha maior expressão. Hoje ela pode ser cantada, tocada, dançada… Abraçada de tantas formas finalizadas em conexão. Somos singulares sim, mas precisamos nos descobrir para nos tornarmos o que somos. Sair desta lama de hipocrisia e de tantos desvios que fazemos para seguirmos covardes subjugados aos poderes nos manipulando pela ambição deles.
Nossa prisão se move direto na televisão e na distorção do passado desconhecido. Se ler é o caminho das luzes, não é o bastante porque precisamos iluminar também, por isso, Se você tem saudades de você, vá se encontrar. Se você se sente preso, vá se libertar. Não é um processo lento, é imediato. Só estamos tentando entender da forma errada... Agora você precisa de si e para se ter é preciso ser livre. Olhando para dentro de nós para vermos nosso infinito e reconhecê-lo em cada ser vivo compartilhando esta existência com a gente. Agora vá. Arrebente a corrente. Sinta o motivo do medo e faça sua revolução pessoal porque o primeiro mundo a se conquistar é o da nossa mente e do nosso coração.
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