
por Rafael Belo
Coração partido. Acontece muito. Aí misturam-se raiva, revolta, tristeza e dor. Mas, o engano é achar um partido coração apenas nas relações de Amor, amizade e paixões pelas pessoas. Lugares também partem nosso motor essencial. Aqueles aonde mais vamos, às vezes, mais do que a própria casa. Também podem te dar às costas -as portas (fechadas).
Não me apontou o dedo, não quis saber dos meus problmas – quem gostaria?, não quis conversar de forma alguma, mal mostrou interesse. Eu nunca havia me considerado um cliente até então, mas não imaginava ser maltratado de tal forma – tão bem. Imaginava (claro) de outra forma. Tanto era, bastava olhar atrás das lentes, meus olhos denunciavam ao lacrimejarem – era uma rejeição – dizendo não ao “tudo” em resposta a cretina pergunta: “tudo bem?!”
Não era contradição, mas não queria demonstrar decepção. Nao chorei! Passei a raiva e depois a rvolta com tristeza e dor – decidi não voltar – por enquanto. É óbvio o instante, passado, de ter terminado a “conversa” com selvageria e sangue, mas foi um instante rápido. Fiz meus dois treinos. Conversei com “todos”, falei da minha ausência - mas só pelo resto do mês. Ainda fiquei enrolando, conversando mais, até fecharem o lugar -partido.
Vinha bufando pelas ruas escuras e vazias passadas da onze da noite de uma terça-feira, me sentino lobo mau dos três porquinhos e o seu lobo da chapéuzinho. Por´m não derrubei nada nm devorei ninguém – estava só. Qual era o problema?Acertaria dois meses em um. Nunca deixei de estar em dia durante quase dois anos. Tudo “se” venceria no outro dia...
Já sentia falta das pessoas, de cada uma das cinco artes e da musculação. Talvez por elas volte. Por enquanto vou procurar outros professores recomendados com um dojo apropriado – como se houvesse por aqui- ou os mesmos professores, mestres e senseis em outro lugar. Mas, “aquele” lugar partiu meu coração.