*(Captar a essência da janela quando você estar dos dois lados e em movimento é chover transparente e em catarse... As Captei há dias na estrada entre Sidrolândia e Campo Grande)
Por Rafael Belo
Ainda não entendo como um mundo repleto de cristãos, religiosos ou simplesmente crentes julga constantemente cada folha caindo. Aliás, entender as fraquezas e hipocrisias humanas não é difícil, mas nossa inteligência fica ligada constantemente a patamares inexistentes de disputas. Sabemos o motivo exato das mazelas do mundo: somos nós e os nossos feitos, ou melhor, somos nós e o nosso não fazer. Mas, o fato mais desconcertante de uma vida tão repleta de sem explicações é a fé não ser um bem comum.
As pessoas têm um delimitador comum e apostam nele. O tal do tempo. Este é o limite e o controle. Todos nós, vez ou outra, cedemos e perdemos um pouco a fé... Por isso, devemos estar atentos ao que nos acontece porque não é possível viver sem acreditar. Crer não é tocar e desistir em meio aos obstáculos, o nome disto é insegurança. Nossa insegurança é reflexo da ideia imposta em nossa mente como um viral viciante de sermos os melhores. Como ainda filosofa Engenheiros do Hawaii ‘somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter’, mas muitas vezes é preciso do empurrão amigo para nos descobrirmos e podermos cantar este refrão.
O fato da fé não ser um bem comum é relativo ao peso de exemplos a moldarmos pelos nossos caminhos... Não somos perfeitos e aceitar o fato de ninguém o ser só não é o fim do caminho porque ‘é o fim do mundo todo dia da semana’. Se fossemos perfeitos bastaria o destempero de sentarmos e vermos a vida passar. A ideia distorcida da perfeição limita nosso olhar. Perfeito é o sol nascer todos os dias e termos nossa saúde em dia, não é ganhar além do necessário e se rodear de bens materiais, mas soberba minha é pensar saber muito.
Descansar o corpo de suas dores é essencial, alentar os tormentos da alma com o mesmo descanso é imprescindível. Dói ouvir e ver mentiras – ainda mais as extremamente desnecessárias – serem ditas, ensaiadas e encenadas na plena face da madeira de lei para um público pagante com suor, lágrimas e repetições... Porém, é bom sentir esta dor, pois, sei da ineficiência das anestesias aplicadas em cada esquina e assim, contrariando o título desta crônica, acredito a fé ser um bem comum, mas precisamos encontrar a mansidão e a humildade para entendermos o quanto é desnecessário entender o outro perante a aceitá-lo.
3 comentários:
Eii Rafa!
Você disse tudo aqui... não basta só "dizer" que tem fé em alguma coisa (alguém) acho que as pessoas precisam primeiro é "ter" fé, fé em si mesmas principalmente, e aprender a julgar menos.
ps.: perfeitas as músicas de
Engenheiros que você escolheu =D
Beijo grande! (:
O que atrapalha às vezes é essa confusão que fazemos entre fé, persistência e teimosia, né, Rafa?
Muito, muito bom.
Um beijo.
temos a péssima mania de achar que temos a capacidade de julgar as pessoas, Cel, cada cabeça tem sua cruz para equilibrar e normalmente é reflexo da nossa falta de confiança em nós mesmo... Obrigado querida bjs;
Luna, com certeza. apesar de não sermos o centro do universo ainda agimos assim agradeço suas palavras maviosa escritora.
Postar um comentário