*(Entre a Luz e a Sombra, só não há a escuridão. A Luz sempre virá mesmo se você estiver no ponto mais alto de costas e sem liberdade para voar - foto do crepúsculo do sítio dos meus sogros)
por Rafael Belo
Entre a vulgaridade e a
paciência há um desentendimento e uma aparente fórmula única de ser. A necessidade
de espelho e controle nos contradiz solenemente no nosso cotidiano, quando todo
visto é reticências de quem somos no esquecimento dos três “dês”. As dimensões
ficam limitadas ao modo eu de ver o mundo, a vida como os outros veem e como realmente
é, são realidades paralelas. É como se todos sofressem de monocromatite aguda
deixando o olhar sobre o mundo com a cor da vontade imposta. São seios à mostra
como um belo sorriso e o descontrole explodindo como um abraço de
tamanduá-bandeira.
Uma disfunção daltônica não
referente à percepção visual, mas racional a se transformar e fortalecer este
anteolho profissionalizante de viver em um viral real. Ai ai ai a ousadia se
manifestar contrária a esta correnteza descolorida onde somos imperceptíveis
aos distúrbios insones das nossas contradições. Este arco-íris preto e branco
tem os disfarces da coloração tênue tensa espalhada pela mágica camaleônica de
se ambientar e engolir venenos e coachares. É como se a peciloterma tomasse
conta de nós, involuções de valores, e nós tornasse homens-répteis aptos a
estarem ambientados em qualquer lugar, mas como irracionais agindo da mesma
forma procurando o mesmo ângulo solar.
Além da percepção e da
racionalização, ou mero uso digno do cérebro, esta diminuição de cores nos
pasteurizaria à falta de luminosidade na extinção da diversidade... Há uma “não
declarada” busca pelo pensamento único tão veementemente negada e criticada da
boca para fora e tão fortalecida e robótica dos atos para dentro no ponto dos
noticiários diários não nos dizerem nada e, muitas vezes, servindo para coisa
alguma. Entre paciência e vulgaridade, nossa “agoramania”, “momentoemergencialidade”
nos perde da paciência, nos esquece na vulgaridade e segue clonando o
pertencido a outro, a personalidade alheia.
4 comentários:
E que saudade eu tava de te ler.
Que linda crônica, Belo.
Olhe... A imagem também não fica de fora. Uma liga a outra no sentido da perfeição.
Espero que continue postando, estarei sempre por aqui.
Beijo
Obrigado Naty! Sempre carinhosa nas palavras, sempre te esperarei então. beijos
Saber enxergar o arco-íris que se esconde por trás das coisas realmente não é fácil, mas também não é impossível. A humanidade precisa disso, sair do óbvio, do preto e branco, para dar vez ao colorido. Bju e boa semana!!!!!
Precisa mesmo... Facilidade não ensina ninguém rs obrigado Jamy bj
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