Água dobrada
Pés descalços raspam o asfalto
chutam o vento e o futuro falso
no encalço das chuteiras distantes
chupam pedras nas favelas de onde não as há,
antes de brincar, diante da educação que insiste em ser
má,
leiloa a fé para quem lhe der um pouco mais que pão,
clama atenção durante a tensão sincera de ser favela
mesmo com mais de milhão,
mas erra quem pensa a favela ser social, é a situação
desigual de ser formatado
sem olhar para qualquer lado, em direção ao dinheiro superestimado,
dilatado nos olhos dos cegos que veem.
(às
20h29, Rafael Belo, quarta-feira, 5 de junho de 2013).
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