quarta-feira, abril 22, 2020

confinados








calados ficamos parados
atormentados pela superfície da nossa profundidade 
cutucados pelos abismos nos olhos
nos engolindo sem parar no nosso lar
expondo quem somos sem desculpas
nas grades das coleções de culpas
pendurados no meio da imaginária lua 
confinados na absurda rua da natureza
e cárceres cativos das nossas escolhas
vivemos bolhas estouradas em busca da cura
que começa com pequenos movimentos em nós mesmos.
+-Rafael Belo/*
às 23h20, 05 de abril de 2020, domingo, Campo Grande-MS.

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