domingo, novembro 25, 2012

Em outro lugar


Em outro lugar




Algo chora dentro de mim, mas não me pertence
não sou eu quem está em agonia, são as fatalidades silenciosas em empatia
aos próximos, em um som gritado sem fim, são vazios e o vazio preenche
minha voz adoece em paradoxos para outras vozes se exaltarem em arritmia
e o sofrimento escolhido nada me perguntou ao me escolher nas folhagens

ele pulsa a doer, um receptáculo que me precede no espetáculo da sinestesia
uma casca potencializada pela esponja da alma desejando dormir
pálpebras pesam o olhar para onde descende a realidade e fantasia
pés zumbis se arrastam ficando ao ir
e no final... Eu não estou aqui.

(Às 13h07, Rafael Belo, terça-feira, 20 de novembro de 2012)

Um comentário:

Anônimo disse...

Interessante ao ler essa poesia,senti que sou eu! Muito interessante , como tudo que escreve...profundo e verdadeiro! Parabéns!