Entre os dedos as próprias asas
escravas de correntes fantasmas
constroem ventos dos movimentos
estes que não fazem e mesmo assim voam
deixando sua poeira luminosa farfalhar
com seu rastro em camadas pelo ar
forjada frágil flexibilidade ecoa mares revoam
chuva de rostos entoam um canto
apanhando borboletas fazendo um manto
para caminhar na inexplorada floresta
onde nos resta lembrar
do que são feitas nossas asas
e voar sem medo antes mesmo de nos soltar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário