Depois de seis tortuosos meses sem escrever neste meu reflexo, posso agradecer por finalmente voltar.
Quando vi aquele livro com capa branca, tons de azul e cinza nos destaques vermelhos nas formas de uma raposa, uma luva e um cachecol sabia que havia algo naquela história
impressionante. E foi assim do início ao fim. A menina de neve é cativante e
transportador. Nos leva a um Alasca onde jamais pensamos em viver.
Repleto de belezas naturais, nos faz pensar que moramos em um dos lugares mais
frios do planeta.
Estamos lá tocando a neve congelando e derretendo. Compartilhamos a dor,
a solidão e a alegria de Mabel e Jack depois de Faina. Um lugar novo e
totalmente diferente para o casal distante da família e ainda pensando no
motivo de não terem filhos. Personagens acolhedores nos fazendo sorrir e pensar
na possibilidade dos milagres acontecerem quando nos permitimos enxergar e
conhecer o impossível.
No remoto extremo do mundo conhecemos George e Esther e seus filhos. Mas
e Garrett que passa mais tempo com nosso fantasma ser mágico lendário: uma
menina? O que é real? O que é delírio? O que é mentira? Existe o sobrenatural
ou a fé é capaz de tudo? Se deixe levar por todas as sensações despertadas por
esta obra capaz de nos fazer mergulhar e respirar debaixo da água, ou melhor,
soterrados em neve.
Aproveite que já sonhou com neve, bonecos de neve, brincar de atirar
bolas de neve e leia agora. Garanto que seu pensamento sobre o frio jamais será
o mesmo. Vá agora que a finalista do prêmio Pulitzer, Eowyn Ivey vai te fazer
sentir criança nesta obra de 351 pág e tradução de Paulo Polzonoff Junior com o
casal de 50 anos lutando pra sobreviver em um Alasca de 1920 sem nenhuma
experiência com o que se propõe a viver.
*
Ribeirão Preto,SP. Editora Novo Conceito. 2015.
Ficção norte-americana
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