terça-feira, março 03, 2020

A razão, a emoção e o Espírito








por Rafael Belo
Eu vejo as pessoas vendendo conhecimento. Eu vejo as pessoas deturpando o significado do conhecimento. Eu vejo a busca deste conhecimento, o aumento dele… Este uso da razão e da experiência para compreender poucas vezes é usado sob si mesmo. Do latim cognoscere "ato de conhecer" que deriva para o sujeito (cognoscente) e o objeto (cognoscível). Nossa capacidade de conhecer é sobre nós mesmos, o autoconhecimento e dados e informações sobre algo ou alguém. Mas, o quanto usamos para melhorar ao invés de obter posição privilegiada e de se automassagear?

Conhece-te a ti mesmo era frase atribuída ao Oráculo de Delfos  (479-399 antes de Cristo) em um mundo cheio de deuses e idolatria. Lá se dedicava a Apolo considerado deus da luz e do sol, da verdade e da profecia. Mesmo neste politeísmo cansativo e em busca de respostas conhecer-se é caminho para uma vida equilibrada, autêntica e feliz. Porém, se limita a razão e a emoção. Como ter equilíbrio sem desenvolver a espiritualidade? Impossível. É caminho certo para orgulho, prepotência, desequilíbrio, desencontro e desarmonia. 

Por isso, o desapego aos bens materiais e amar ao próximo não é explicável. Primeiro porque acumular matéria nunca satisfaz. Segundo porque amar o próximo requer amar a ti mesmo e para isso é preciso conhecer-se e entram os três caminhos: razão, emoção e espírito. Este último faz um paralelo da frase filosófica inicial neste texto a um versículo bíblico. É João capítulo 8, versículo 32. "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". A verdade aqui tem proporções divinas, pois se refere A Verdade, ou seja, Jesus. Nele não há escravidão, nem morte eterna.

Emoção e razão se desfazem. Razão por conhecimento, emoção por conhecimento sempre entram em conflito e o princípio de que cada um tem sua visão e sua autodefesa. Em outras palavras, se aceita o que o outro diz ou se tolera o que este faz, mas a própria experiência é o que comanda. Entra aqui o desafio diário de ser cristão. Sem aceitar e se entregar ao Espírito não há equilíbrio, não há Graça, não há verdadeira transformação do ser humano carne fraca, no ser humano espírito forte e amigo de Cristo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Texto verdadeiro e reflexivo