sábado, dezembro 13, 2008

Nos

Estar cheio me deixou vazio
Contaminou-me de aborrecimento
Com expressões amarradas em tédio
Enojou minha garganta vomitando náuseas
De sinceridades incomodadas com complexos

Mordendo os dentes com a voracidade de um animal faminto
Envermelhando os olhos no enveredar sedento de uma piscina suja
Tornou bruto o olhar endurecido de egos falantes saltando no ar denso
Tensas rodas repatriadas nas pátrias perdidas no pensar sem reflexo passado
Cheira tonteiras o clima forjado no impulso de qualquer participar quando ausente

Qual a força social prendendo o anti-social no meio do nada pomposo de recheio amargo?
Todos têm uma opinião vestida de piada pronta na posição do retardo do ataque de sonda
No corpo mórbido a equilibrar a sonsa idéia de não existir primordial princípio que torça
Suposta retidão para caminhar nas tosses tortas avisando inconveniência na saliência falante
Boca tosca torcida para mostrar esvaziar enquanto a saliva corrói visão indigesta impalpável

Estar nem sempre é agradável quando o corpo cansa
Ser se silencia nos ombros levantados encolhidos feito tranças
Enrola-se tudo por não deixar de ser criança a imaginar o mundo
Povoado de criatividade sonhada enquanto era uma vez
Estar cheio esvazia nos momentos de insensatez

13h07min. 1º. 11.08

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